segunda-feira, 28 de junho de 2010

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NO CINEMA - Parte 2

Talvez um dos grandes motivos pelos quais os estúdios voltaram a produzir filmes baseados em quadrinhos, além, é claro, da legião de fãs que lotariam os cinemas, seria o grande avanço na área de efeitos visuais.

O desenvolvimento tecnológico digital catapultou personagens que, durante a década de 80 (e começo dos 90), seriam quase impossíveis de se adaptar. Empresas como a ILM (Industrial Light and Magic), a Digital Domain e a WETA Digital ( apenas para citar algumas das mais importantes) investiram pesado em novas tecnologias que impulsionaram novas produções onde, de alguma forma, faziam-se necessárias concepções (cenários, criaturas, personagens...) antes difíceis, quase impossíveis ou caras demais. Vide o clássico caso do filme Quarteto Fantástico, de 1994, que nem chegou a ser lançado de tão mal construído esteticamente.


Hoje, filmes quase que independentes ou que possuem histórias parcas conseguem, de alguma forma, efeitos especiais mais verossímeis. Claro que efeitos especiais não salvam um filme que já nasce com um argumento ruim, mas o investimento na essência de uma HQ de sucesso agregado ao melhor dos efeitos digitais pode (eu disse PODE) nos trazer um filme que valha o ingresso.

Juntando-se a este argumento apresentado, um fator importante, também, seria o fato de diretores que realmente curtam as histórias em quadrinhos (como todos nós) se envolvam no projeto, tratando com respeito e dignidade a personagem que está sendo adaptada. Temos um bom exemplo disso: quando os estúdios Warner tiraram Batman das mãos de Tim Burton e passaram a bola para Joel Schumacher.
Procurando alcançar um público infanto-juvenil ainda maior e pensando em parcerias mais lucrativas com o McDonald’s e a Coca-Cola (com promoções, brindes e mais brindes), eles acabaram com as características que faziam do Homem-Morcego uma das melhores adaptações de HQs para o cinema. O resultado foi um carnaval de alterações, dos trajes cheios de parafernalhas aos mamilos do uniforme de George Clooney.
Pegando obras como Dark Knight, Kick Ass, 300 e Wachtmen, percebemos nitidamente a diferença. Zack Snyder (diretor dos dois últimos) tratou com dignidade as obras que adaptou, brigando com os estúdios e batendo o pé no que considerava correto ao adaptar às telas personagens imortalizados nos quadrinhos. Ou seja: mais do que um diretor contratado, o cara tem que ser fã!

Filmes com conteúdo, personagens ricos, ação e aventura como, muitas vezes, só encontramos em uma boa história em quadrinhos...

...as últimas adaptações mostraram um novo caminho!

3 comentários:

Marcel Ibaldo disse...

Considero inclusive que as adaptações quadrinhísticas pro cinema de certo modo forçam o surgimento de novas tecnologias ou aprimoramento de outras já existentes.
Exemplos disso são o próprio 300 e Sin City.

Eduardo Roque disse...

Só 1 obs: a despeito da questionável(minha opinião) qualidade dos filmes do Burton o pp afirmou q nunca foi leitor d HQs e q curia + o Coringa q o Bat. Acho q ñ iem q ser necessariamente fã mas profissional. Tiro pelo falecido Heath Legder q era 1 ator tão foda q mesmo admitindo q nunca leu quadrinhos pegou "A piada mortal" e baseou daí sua grande atuação. Basta ver os extras d "O código Da Vinci" e constatar q todos os principais envolvidos leram o livro. Acho q é por aí

Marcel Jacques disse...

Depois de ver Kick Ass até posso concordar com o amigo aí...

Certamente me influenciei por uma questão bem pessoal: apesar de se tratar de adaptações, eu manteria a fidelidade não só estética mas fundamental da HQ levada à tela grande.